Depois de realizar o sonho de acertar com o SESI-SP para defender o mesmo clube do marido, Murilo, Jaqueline vai curtir com mais tranquilidade os 18 de férias que lhe restam. No dia 19, a ponteira vai se apresentar à seleção brasileira feminina e participar da preparação para os dois compromissos da equipe nacional em 2015: os Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho, e o Grand Prix, que acontecerá entre junho e julho em diferentes países.
Assim como outras bicampeãs olímpicas, Jaque ganhou uma folga extra do técnico José Roberto Guimarães. Pelo fato das datas das duas competições coincidirem, Zé vai formar duas seleções diferentes para os torneios, teoricamente uma mais forte para o Grand Prix e uma mais mesclada para o Pan. E a ideia de Jaque é disputar o Pan no Canadá, participando apenas de alguns jogos das primeiras rodadas do Grand Prix. No Pan de Guadalajara, no México, em 2011, ela disputou apenas parte da estreia contra a República Dominicana, quando sofreu uma pequena fratura na cervical e acabou voltando prematuramente para o Brasil.
- O Pan e o Grand Prix vão ser no mesmo período. O Zé vai dividir bastante o grupo. A minha preferência é o Pan, porque é uma competição especial, que não acontece sempre e é mais curta. Acho que posso ser a mais experiente de um grupo que vai ter mais jovens. Também acho que dá para eu participar das primeiras etapas do Grand Prix e talvez das finais. Mas o Zé vai decidir, e ele sempre sabe fazer o que é melhor para a seleção - afirmou Jaque, ciente que a fase final do Grand Prix, em Omaha (EUA), vai ser finalizada justamente no dia 26 de julho, data de encerramento do Pan de Toronto.
Para esta temporada da seleção, algumas das jogadoras de ponta pediram para descansar, como é o caso da oposta Sheilla. Outras como a central Fabiana e a levantadora Dani Lins também acenaram com a possibilidade de ganhar uma pausa em 2015, mas ainda não há uma definição sobre o que ficou acertado com José Roberto Guimarães. Enquanto isso, o treinador comanda um período de treinamentos com jovens valores e destaques da última Superliga feminina, além de algumas atletas que atuam no exterior.
- O Zé vai segurar um pouco as mais velhas, que já estão aí há muitos anos. Ele vai usar um pouco mais as jogadoras mais novas. Estou muito mais aberta para conversar com ele. Ele está sendo uma pessoa muito especial na minha vida, por conta da gestação e tudo que passei. Está sendo muito legal esse bate-papo que estamos tendo. Esse tipo de coisa é muito importante para que a eu e a seleção cheguemos bem nas Olimpíadas de 2016, no Rio - comentou Jaqueline, de 31 anos.
Enquanto não vai à seleção, Jaque aproveita para comemorar o acerto com o SESI-SP que lhe possibilitou deixar Belo Horizonte, onde atuava pelo Minas, e voltar a morar em São Paulo com o ponteiro Murilo, também do SESI-SP, e o filho deles, Arthur. De acordo com a camisa 8, a novidade vai refletir positivamente no seu desempenho dentro de quadra.
- É muita felicidade, isso vai me ajudar a melhorar meu desempenho não só no clube, mas também na seleção. Eu espero poder melhor a cada dia mais para ajudar o Brasil e conquistar a minha terceira medalha de ouro nas Olimpíadas.
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