Rabadzhieva tem 1,94m. É a “baixinha” do trio de atacantes do Volero Zurich-SUI, que tem Rykhliuk e Mammadova com 1,96m. No Rexona-Ades, nenhuma jogadora ultrapassa 1,90m. A diferença de altura até poderia sugerir um favoritismo das suíças sobre as brasileiras, no confronto desta quinta-feira (7), pelo segundo dia de disputas do Mundial de Clubes. Não foi o que aconteceu.
Com direito a um show do bloqueio, e ao fator surpresa Drussyla, que entrou muito bem no lugar de Natália, o decacampeão brasileiro começou sua arrancada rumo ao inédito título com vitória por 3 sets a 1 (30/28, 25/22, 33/35 e 25/22). Se confirmar o favoritismo sobre o Mirador-DOM nesta sexta-feira (8), a equipe de Bernardinho avança às semifinais com a melhor campanha do Grupo A. O compromisso está agendado para as 12h30 (de Brasília), com SporTV. O Volero, também com três pontos, depende de um bom resultados das brasileiras para avançar.
O Rexona não se sentiu intimidado por ser estreia e logo mostrou às donas da casa que não seria fácil. O bloqueio carioca apareceu bem no começo do primeiro set e possibilitou que o time abrisse 7 a 12. Aos poucos, porém, o Volero cresceu e passou a pressionar as cariocas. No duelo de gato e rato, o sexteto de azul deu a pinta que chegaria com facilidade aos 25 pontos. Mas, a partir de um erro de Jucy no saque, as suíças se ajustaram e empataram em 23. Ficou ainda mais difícil com os bloqueios tomados por Natália. Em um final eletrizante, o Rexona se recuperou para fechar,
Cheio de moral, o time de Bernardinho abriu com vantagem o segundo set. E graças aos saques venenosos de Natália. O placar foi o bastante para as cariocas ditarem o ritmo da disputa. Do outro lado, Mammadova subiu de rendimento e passou a incomodar as brasileiras, que jogaram na liderança até o 17º tento. Rabadzhieva, porém, bateu firme para colocar o Volero à frente pela primeira vez (20/19). Na reta decisiva, no entanto, o jogo veloz do Rexona, com Carol e Jucy pelo meio, se sobressaiu diante dos bolões do Volero. Resultado: 2 a 0 para o Rexona.
Para o Volero, era vencer o terceiro set ou tomar 3 a 0. Pelo menos nas primeiras bolas, a vontade foi de cumprir o primeiro objetivo. O início melhor das suíças foi o suficiente para Bernardinho chamar o grupo antes da primeira parada obrigatória. As cariocas até melhoraram, mas não a ponto de tirarem as adversárias da liderança. Para dar uma mexida, Bernardinho tirou Natália (Drussyla), após um erro de ataque, e apostou também na inversão do 5-1 com Roberta e Andréia. O trio se saiu bem, mas o Volero foi ainda melhor para diminuir a diferença para 2 a 1.
Bernardinho gostou do trabalho de Drussyla e colocou a jovem ponteira para iniciar o quarto set. Cheia de personalidade, a camisa 17 não se intimidou diante das gigantes do Volero. O Rexona também não se abalou com a derrota na parcial anterior e foi para cima. Fabi, no fundo, pegou quase tudo. Drussyla fez sua parte na rede e não permitiu que o treinador se arrependesse da aposta. Para completar a sintonia, o bloqueio tirou do sério Mammadova, Rabadzhieva e Rykhliuk. O fundamento fez a diferença para a arrancada final das vitoriosas.
Reportagem: Saque Viagem
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