Campeão carioca, brasileiro e sul-americano. Realmente, o ano do time de vôlei feminino do Rio de Janeiro vem de vento e popa. Não fosse um tropeço na Copa Brasil, a temporada seria perfeita. Mas ninguém dentro da delegação reclama. Mesmo repleta de "fominhas por taça", a começar pelo técnico Bernardinho, a equipe sabe que só vencer não é importante, é preciso ser competitiva. É com esse espírito sem pressão e sem obsessão que ela entra na Arena Saalsporthalle, em Zurique, na Suíça, para estrear no Mundial de Clubes diante do anfitrião Volero. O SporTV transmite o jogo a partir das 15h (horário de Brasília).
O torneio terá como maior atração a levantadora Fofão, de 45 anos, que se despede das quadras após 30 de carreira. Tamanha é a sua importância mundialmente que é ela o destaque do site da competição. Sem colocarem um peso extra para serem campeãs, Fofão e suas companheiras querem levantar mais um troféu para coroar a temporada, dar à atleta o adeus merecido e, ainda por cima, colocar na vasta galeria de canecos do Rio um dos poucos que ainda não tem.
- Meus últimos dias estão um pouco diferentes dos do Brasil, concentrando mesmo na competição, sem pensar muito que vai ser a última, que vai terminar. Parece que no Brasil já foi a festa toda, aqui é mais foco pra conquistar o objetivo. Não estou pensando muito que vai terminar tudo aqui - admitiu a levantadora.
- Representar o Brasil, como clube, numa competição internacional é algo bacana, diferente, vindo de uma conquista e agora em uma disputa mais importante ainda. Eu não penso nessa coisa de ter ou não ter esse título, mas eu gostaria de tê-lo. Não é uma ambição a qualquer custo, é um desejo. Mais importante do que o título é fazer uma boa competição em uma competição muito difícil - declarou a líbero Fabi.
Os dias mágicos que viveu na semana da decisão com o Osasco pela Superliga vão ficando cada vez mais na memória da campeã olímpica de 2008. Agora, seu desejo é retribuir tudo o que o clube fez por ela e encerrar sua vitoriosa carreira erguendo a última taça.
- A motivação é maior até porque o clube está buscando um objetivo que não conquistou. Não imaginei que a despedida fosse ser fora do país e isso me motiva para buscar um título que vai ser mais do que perfeito - afirmou a levantadora, que está acompanhada do marido João Márcio na Suíça
No grupo A, ao lado das turcas e das dominicanas do Mirador, o Rio de Janeiro precisa ficar em uma das duas primeiras colocações para avançar à semifinal. Do outro lado estão as também turcas do Eczacibasi Vitra, as russas do Dínamo Krasnodar e as chinesas do Hisamitsu Springs
- Da última que eu disputei e das outras que pude observar, (a edição) é uma das mais disputadas, com times de muito respeito e grandes atletas, com muita qualidade individual. Vamos tentar jogar bem, avançar à segunda fase e depois brigar com times que, fisicamente, são muito fortes - decretou Fabi.
Créditos: Globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário